Mulher-Hulk – Uma série sobre o fantástico mundo dos super-heróis sob uma perspectiva cotidiana | Crítica

Esmagando a Fórmula Marvel e trazendo novidades e frescor para o seu Universo Cinematográfico, Mulher Hulk: Defensora de Heróis, após 9 episódios, chega ao fim, inovando em muitos aspectos e quebrando tudo, inclusive as expectativas.

Muito semelhante as suas HQs dos anos 80, ao tempo todo ela quebra a quarta parede e conversa com o expectador. Talvez, por não conhecer seu passado nos quadrinhos ou por puro preconceito mesmo (afinal o Deadpool faz isso o tempo todo e não é criticado da mesma forma, como a verdinha), uma série de empoderamento e feminismo incomodou demais os “nerdolas” e foi alvo de várias brincadeiras inclusive sendo acrescido ao roteiro.

Por ser tratar de uma comedia focada em Jennifer Walters, como advogada e mulher, e muito menos na Mulher-Hulk lutando contra super-vilões e com ligações claras com o resto do Universo Marvel, gerou muitos vídeos revoltados no Youtube, Tik tok, e outras redes, mas talvez não tenha se entendido a proposta, apenas.

Jennifer, veio para incomodar, a todo momento ela aponta os erros da Marvel, suas incongruências, e defeitos de forma clara e objetiva. Ela mesmo, não é perfeita, ela se dedica a sua profissão com unhas e dentes, mas é cobrada, por sua aparência, por ser solteira, entre outros problemas do mundo real. Apesar de ter superpoderes ela precisa passar por encontros constrangedores conseguidos em aplicativos de relacionamentos como todos, para depois encontrar seu par perfeito que não é o príncipe encantado que vem para salvá-la e sim um parceiro igualitário que veio para complementar.

Já haviam tido tentativas de fugir das expectativas dos “Marvetes“, como vemos em WandaVision, onde cada episódio é um “sitcom”, e em Doutor Estranho Estranho no Multiverso da Loucura, que foi uma tentativa de ser um filme de terror, mas nenhuma conseguiu tão bem alcançar o objetivo e ao mesmo tempo ser fiel a sua origem na nona arte. Além disso, ela é uma comedia, logo ela ri de si própria, das situações cotidianas e dos absurdos do mundo dos heróis.

Mesmo antes do seu lançamento, os CGI problemáticos bombaram as redes sociais e fizeram a série tem um grande destaque negativo, que nenhuma série gostaria, mas no final o roteiro, as atuações carismáticas reverteram a situação criando uma obra única.

A atriz principal como a maioria dos protagonistas, nasceu para ser quem é. Tatiana Maslany, nasceu para ser Jennifer Walters, por consequente a Mulher-Hulk e ela venceu a misoginia, machismo, com muita empatia.

Gabriel Ladeira

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