Casa do Dragão se despede numa chuva de sangue

Game of Thrones, marcou história como um dos maiores sucessos da TV, revolucionando o modo de contar histórias de fantasia. Acompanhar a série era um evento semanal, com amigos se reunindo em frente à TV todo domingo à noite para acompanhar as jornadas de Daenerys Targaryen (Emilia Clarke), Jon Snow (Kit Harington), Tyrion Lannister (Peter Dinklage) e tantos outros personagens marcantes. Os streamings dominando com suas maratonas e a série indo por um caminho diferente, lançando os episódios semanalmente e fazendo os fãs que não conseguiram ver o capítulo semanal, ter que correr das redes sociais e do bate-papo no boteco.

Com o seu encerramento, com uma última temporada horrível, deixou um gosto ruim na boca, que o anúncio de um “spin-off, A Casa do Dragão, com 10 episódios em sua primeira temporada levou esperança de redenção desse universo criado por George R. R. Martin. Com essa missão dificílima de repetir o sucesso de sua matriz, House of The Dragon, trazendo os fãs de volta, mas ao mesmo tempo criando uma identidade própria, porém algumas maldições continuam a assombra, a série da HBO, como vazamento de episódios e a tradição de trazer eventos marcantes no penúltimo episódio, como aconteceu em: A Batalha dos Bastardos e o Casamento Vermelho, e o episódio final ser sem graça, com ressalva de um ou 2 momentos bem sangrentos.

E tudo que deu certo, também foi resgatado, grandes batalhas, intrigas, violência, dragões, sexo e sangue continuam a dar o tom. Com a exceção de que era praticamente impossível se afeiçoar a alguém sem ter medo de ver seu personagem favorito morrer de maneira surpreendente pouco tempo depois. Ned Stark, é o exemplo clássico, e agora nem tanto. Os cenários continuam grandiosos e maravilhosos. Figurinos dignos de realeza. Dragões em CGI que enchem os olhos!

E se o roteiro da série original ficou marcada por caminhar de forma lenta até demais em seus primeiros anos. Agora vê-se a cada novo episódio, saltos temporais para apresentar os reais protagonistas da trama e preparar o terreno da grande guerra que está por vir. Se parte do público não aprovou a velocidade da narrativa e a constante troca de atores, o elenco da atração foi responsável por fazer da experiência de assistir ao spin-off extremamente agradável. E o elenco com certeza é um ponto forte da produção. As atuações são impecáveis, com destaque para: Paddy Considine, que deu vida ao rei Viserys Targaryen.

Com o fim da 1 temporada, fica óbvio, que tem muita história a ser contada, e muito sangue a ser derramado na disputa pelo Trono de Ferro, que começou muito antes de Daenerys, gritar: – Dracarys! E aos expectadores torcer para que os erros anteriores sejam convertidos em acertos nas temporadas vindouras.

Gabriel Ladeira

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