[CRÍTICA] Oppenheimer entrega drama e genialidade do ‘pai da bomba atômica’

Muita gente esperou ansiosamente por esse ‘evento’, carinhosamente apelidado de ‘Barbienhemer‘, onde os dois maiores filmes do ano estão para estrear. Mas, desta vez, Oppenheimer é quem ganha o destaque, em um projeto genioso, deslumbrante e dramático.

O OverView SP teve a oportunidade de acompanhar a cabine de imprensa de Oppenheimer, através de um convite da Universal Pictures Brasil. E é garantido que ele é completamente grandioso à sua maneira. Confira o que achamos nesta crítica completamente sem spoilers.

Oppenheimer abrange momento importante na história da humanidade

Muita gente sequer sabe quem foi quem criou a bomba atômica, mas Christopher Nolan parece querer mudar essa realidade. Isso porque em Oppenheimer, o público se depara com a história de J. Robert Oppenheimer, um grandioso físico que se destacou por dar um novo viés para a humanidade com a criação da bomba atômica.

O longa é baseado no livro Oppenheimer: O triunfo e a tragédia do Prometeu americano e Nolan mostra toda sua genialidade mais uma vez ao trazer essa história à tona. Contudo, os detalhes aplicados na trama fazem com que você embarque em uma verdadeira aula de física, história e ainda sobre a vida do físico.

Nolan não poupa quando o assunto é mostrar o quão inteligente Oppenheimer era, mostrando que a cabeça dele está em constante funcionamento por conta de suas teorias e pensamentos. É nítido que o físico tinha seus problemas, mas isso não foi o suficiente para impedi-lo de mudar a humanidade com a sua invenção.

São 3 horas de filme que envolvem um pouco da teoria de física, história (2ª Guerra Mundial) e o drama vivido por J. Robert Oppenheimer. Em alguns momentos chega a dar a impressão que o filme será cansativo, porém Nolan consegue encontrar um jeito de jogar os acontecimentos para o alto e fazer com que você espere pelo resultado: a bomba atômica.

Outro ponto importante de ser destacado é o quanto a fotografia e a trilha sonora se conectam muito bem ao longa. Não a toa, Christopher Nolan deixou a dica para verem o filme em IMAX, o que traz um peso ainda maior para o filme. É uma experiência única e incrível.

Cillian Murphy e Robert Downey Jr. são os grandes destaques do longa

Não dá pra falar de Oppenheimer sem citar os dois nomes que giram em torno da história do físico. Comecemos por Cillian Murphy, o ator que dá vida a J. Robert Oppenheimer e merece toda atenção. O ator ficou ainda mais reconhecido por conta de Peaky Blinders, mas aqui ele sai completamente da casinha e entrega uma atuação impecável enquanto vive o físico.

Por incrível que pareça, Murphy consegue transmitir as dores, os problemas e as insuficiências de Oppenheimer. Ele mergulha de cabeça na história do físico e deixa isso transmitir de forma natural a fluída na tela. Uma grandiosa e certeira escolha para viver o renomado físico.

Entretanto, outro nome que merece destaque é Robert Downey Jr. O público se acostumou a vê-lo apenas como Tony Stark, no MCU, então isso é uma ótima surpresa. Na trama ele vive Lewis Strauss, responsável por instaurar uma perseguição a Oppenheimer. E como ele faz isso com maestria, com vontade e foco.

É surpreendente ver onde seu personagem chega, o que ele faz e como ele faz. Chega a ser de uma perspicácia inimaginável, daquelas que surpreendem até demais. Além disso, Downey Jr. mostra sua versatilidade mais uma vez e prova que ele se enquadra em qualquer papel que se propõe a fazer. É altamente imaginável que ele até chegue a ter uma indicação ao Oscar por Strauss.

Oppenheimer é grandioso à sua maneira

Se você estava em dúvida por conta da possível ‘rixa’ entre Barbie e Oppenheimer, a dica que damos é: veja os dois. Isso porque, além de propostas diferentes, eles são grandiosos cada qual à sua maneira. Oppenheimer traz um período histórico intrigante e importante para a humanidade, o que faz com que com que a história do físico mereça ser conhecida.

Portanto, para os fãs de Christopher Nolan, você pode se lembrar de Interestellar, mesmo com uma narrativa um pouco diferenciada. A questão é que o diretor não esconde o quanto os assuntos mais complexos te chamam a atenção e ele faz questão de trazer isso para o público. Oppenheimer é uma grande aposta para o Oscar e com muitas razões para isso.

Se você gosta de história, física, química (esses assuntos que envolvem teoria) e gosta de embarcar em tramas complexas, Oppenheimer é o filme para você. 3 horas de longa pode ser um problema para muitos, porém vale a pena a chance.

Nota: 5/5

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