Liga dos SuperPets – Divertida e humorada, mas não marcante | Crítica

Nos últimos anos, tanto as adaptações da Marvel quanto as da DC Comics investiram em animações das mais variadas que no geral foram extremamente satisfatórias por abordarem dos mais diversos estilos e temáticas, e principalmente por dar novos ares para o gênero que por meio de uma filmagem em “live-action” não poderiam ser explorados. Lego Batman: O Filme, Operação Big Hero, Jovens Titãs em Ação nos Cinemas e Homem-Aranha no Aranhaverso são ótimas obras que provam que o meio das animações são uma forma majestosa de trabalhar os super-heróis para a sétima arte, além dos excelentes Os Incríveis e Megamente que apesar de não serem adaptações dos quadrinhos e sim 100% originais, também caem no mesmo prestígio.

Desta vez, a Warner Animation e DC Comics resolvem explorar mais uma vez a linguagem da animação 3D para contar uma história que não funcionaria da mesma forma em live action.”A Liga dos SuperPets” aborda o uso dos superpoderes aplicados em adoráveis bichinhos para parodiar o cotidiano dos animais de estimação em uma jornada simples e cômica com forte apelo infantil.

Superman e Krypto

No enredo, Krypto é o cachorrinho de Superman, seu companheiro e melhor amigo desde filhote. Foram enviados junto do planeta Krypton quando ainda bebês. Cresceram e viraram super-heróis juntos na Terra. Porém, o cão começa a ficar abalado quando Superman começa uma relação amorosa com a repórter Lois Lane, e assim passa a sentir um distanciamento de seu fiel parceiro. Ainda, somos apresentados a um abrigo de animais onde conhecemos Ace, a porquinha PB, a tartaruga Merton, o esquilo Chip e por fim, a porquinha da índia Lulu, que foi outrora um bicho de laboratório em experimentos do maligno vilão Lex Luthor. Quando o Lex falha na execução de um de seus planos em atrair um meteoro de kryptonita laranja e adquirir super-poderes, a porquinha Lulu acaba por conseguir realizar tal feito e se torna super-poderosa, mas sem querer, junto gera também poderes para todos os animais do abrigo. Lulu então, resolve usar suas habilidades para salvar Lex Luthor, retirar os poderes de Krypto e sequestrar toda a Liga da Justiça. Então, Krypto vai precisar da ajuda da equipe de super-pets para salvar a equipe de heróis e principalmente o seu melhor amigo, Superman.

Krypto, Ace, PB, Merton e Chip

Muitas animações, mesmo sendo uma linguagem em sua maior parte feita para o público infantil, ainda assim conseguem conquistar os adultos e ou fazê-los se emocionarem, ou pelo menos ter um valor narrativo o suficiente para se apaixonarem. No excelente Lego Batman, o humor é inteligente e hilariante, e a história redondinha e cativante, o que torna um ótimo entretenimento para as crianças e também adultos, isso porque ainda existe ali um grande valor narrativo. Já Jovens Titãs em Ação nos Cinemas, mesmo sendo mega infantil, existe um tom de paródia com o gênero de super-heróis que até para os fãs mais maduros pode ter um valor bem mais sólido. Já SuperPets, também segue por uma linha majoritariamente infantil, mas será que o longa consegue alcançar um prestígio tal qual todos os demais filmes animados de super-heróis?

A Liga dos SuperPets

A sua principal característica, é certamente a comédia. Ele busca o tom humorado para construir sua narrativa e assim cativar o público. E nesse ponto, o longa consegue atingir com sucesso, mesmo que não com perfeição. Existem diversas situações engraçadas que são uma boa dinâmica para a animação que a tornam divertida e envolvente. Cada personagem tem seu momento para o humor, o que é bom para a proposta que ele quer atingir. A tartaruga Merton é o maior destaque de alívio cômico e que certamente tira altas gargalhadas do público com sua personalidade. Entretanto, é nítido que existe aqui uma tentativa de construir uma parte emocional, só que nesse aspecto é falho e não consegue atingir com eficiência. Falta desenvolvimento na temática e na relações dos personagens para os momentos emocionais ficarem mais impactantes. A execução ao todo parece um amontoado de conceito genérico já manjados e repetidos à exaustão. Inclusive, um trecho do filme sendo uma tentativa descarada de reproduzir a sua própria versão de uma cena marcante de Toy Story 2. No mais, é um filme carismático e divertido. É engraçado e inofensivo, mas nada que irá ser apaixonante para os mais velhos e nem marcante para os mais jovens.É um típico filme para se ver quando estiver no tédio.

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