Mulher-Hulk | Vimos os primeiros 4 episódios da série! Venha conferir o que achamos!

Nós da OverViewSp fomos convidados pela Disney Brasil para um evento de lançamento da mais nova série da Marvel Studios: Mulher-Hulk, que estreia dia 18 de agosto no Disney Plus. Conferimos os 4 primeiros episódios e agora trazemos de primeira mão nossas primeiras impressões!

A série adapta a personagem dos anos 80 criada por Stan Lee e John Buscema, publicada pela Marvel Comics em Sevage She-Hulk #1. Jennifer Walters, a advogada prima de Bruce Banner, após um acidente recebe uma transfusão do alter ego de Hulk e com isso passa a possuir os poderes do grandalhão esmeralda. Essa, a origem dos quadrinhos, é seguida de forma bem fiel na série que adapta a super-heroína, mas claro, com leves alterações. Enquanto nas HQs a transfusão de sangue é feita por Bruce como forma altruísta de salvar sua prima, aqui isso ocorre por mero acaso na sequencia que envolve um acidente de carro. A origem da Mulher-Hulk é contada de forma sucinta e eficiente, feita com agilidade para focar direto no que interessa: a história de uma advogada com superpoderes que tem de lidar com um cotidiano repleto de maluquices na defesa de casos que envolvem super-seres.

Jennifer Walters de Tatiana Maslany e Bruce Banner de Mark Ruffalo em suas respectivas formas de Hulk. (Imagem por Walt Disney Pictures e Marvel Studios)

Tatiana Maslany, conhecida por Orphan Black, é a protagonista e que entrega uma performance carismática e envolvente, trazendo uma bagagem sarcástica e com um empoderamento marcante. Jennifer Walters de Maslany, consegue ser fiel aos quadrinhos e ao mesmo tempo única, trazendo o melhor de seu material fonte mas com uma inovação muito bem vinda na adaptação. A força, não só física mas também interior, é seu maior traço de personalidade. A disposição para encarar qualquer situação, lidar com transformações e enfrentar os desafios de uma mulher inserida num mundo caótico de super-heróis e super-vilões é o que faz da Mulher-Hulk uma personagem tão única, divertida e cativante. Ainda, sua marcante característica dos quadrinhos, a quebra da quarta parede, é transposta com êxito. A consciência da série e a interação de Walters para com o espectador, não apenas cria um dinamismo extrovertido mas ainda diferencia a obra das demais produções da Marvel Studios, e somado isso à temática de advocacia usada de forma despretensiosa e humorada e com o tom mais episódico e simplório torna a experiencia leve e de digestão prazerosa.

Tatiana Maslany de Jennifer Walters (Imagem por Walt Disney Pictures e Marvel Studios)

Uma das maiores características desses 4 primeiros episódios foram as presenças de participações especiais a cada episódio, e o mais divertido é que não são apenas aparições rápidas e sim essenciais para o contexto geral da série. Desde Hulk, Abominável, Wong, personagens já consagrados do MCU e que já tinham sido confirmados no material de divulgação, mas além dessas, também tem outras surpresas como celebridades da vida real e até mesmo personagens conhecidos dos quadrinhos. Mas apesar do festival de “cameos” aqui presente, não se engane, o protagonismo é completamente da Mulher-Hulk, sendo ela abordada com a maior atenção e foco possível. As aparições especiais estão ali para, sim, ser divertido e trazer um novo ar descompromissado e de vida comum aos superpoderosos do MCU, mas essencialmente estão ali para valorizar a figura de Jennifer Walters como um todo.

A presença de Hulk do Mark Ruffalo é uma das melhores versões do personagem para o MCU, finalmente trazendo mais profundidade para o herói que não se via desde Os Vingadores (2012). Um destaque digno e bem escrito para o gigante esmeralda, apesar de ainda ser coadjuvante. Aqui, agindo como mentor, ele tenta ensinar sua prima a como utilizar seus poderes de Hulk e controlar sua raiva.

O CGI está bem decente num geral, mas justamente para a protagonista, fica oscilante, variando de bons momentos, para outros em que o vale da estranheza prevalece. Porém, esse pequeno defeito não afeta o resultado final, uma vez que com o envolvimento na trama, pode até passar desapercebido ou apenas fora de incomodo. Especialmente pelo fato de Mulher-Hulk ter um tom e proposta descompromissados e televisivo, e não denso e cinematográfico como são todas as obras do MCU até então, o que torna o CGI completamente aceitável, apesar da falta de uma consistência geral.

Mulher-Hulk se provou digna de seu formato episódico, abordando muito mais a linguagem televisiva do que cinematográfica, dando para o projeto uma experiência cômica e divertida e fora de qualquer senso grandioso, muito mais pé no chão e mundano, explorando um lado do MCU completamente novo. No mais, ficamos no aguardo para os demais episódios que podem concluir de forma tão satisfatória que pode fazer desta a melhor série do MCU até então. Basta ver se essa proposta e tom de leveza se mantem até o fim.

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